segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Impressões
Ela sempre foi independente. Emocionalmente independente.Ela sempre foi considerada racional quando o assunto é relacionamentos...E é.Mas também é emotiva. Consegue se entregar totalmente muito rápido... Quando gosta... Ou acha que gosta. Ou será que ainda não achou a pessoa certa? Melhor pensar assim...Um dia ela sai com amigos. Pra uma festa que estavam esperando a semanas... Eis que surge o assunto recorrente: Como mulheres bonitas, legais, inteligentes e modernas podem estar solteiras? Onde estão aqueles que sabem dar valor a isso? O mundo anda tão fútil que é mais fácil para eles escolherem as certinhas? As que não pensam muito e por isso não demandam muito trabalho? As "não tão espertas"?É. Dá menos trabalho...Mas não seria um tipo de alienação?Ah! Essa mania dos psicólogos de querer um sentido...E o sentido não se acha!Então ela deixa escapar um comentário. Com certa vergonha, pois uma mulher bem resolvida como todos a enxergam e ela o é não costuma admitir suas fraquezas. Mas quem não as tem?Ela queria achar um sujeito legal. Daqueles que não se quer parar de beijar, mas também se pode dar ao luxo de perder horas conversando sobre as mais diversas coisas.Ela sente falta de andar de mãos dadas. De ficar em casa sem fazer nada com ele.No verão tomar um sorvete numa tarde de sábado. No inverno ficar debaixo do edredon.E ela finalmente admite pra si mesma que sente falta de um "ele". Histericamente admite que precisa de um.Mas esse tal moço anda tão difícil de encontrar!Um que valha a pena, claro.Elas chegam na festa.Ela conhece um "ele".Ele (agora sem aspas, pois se configurou em um moço de carne e osso e camiseta do Hooters de Beijing) parece interessante, exceto por um detalhe: a noiva terminou com ele a uma semana!E ela descobre isso da boca do moço, que (ainda bem) não se estendeu no assunto. Afinal de contas, terapia no meio de um calor infernal característico do lugar não dá. mesmo.Não demora muito e ele a beija.E o lugar, que já é conhecido por Inferninho, consegue ficar mais quente ainda. Mas não pelas outras tantas pessoas que lotavam o lugar, nem pelas músicas bregas, muito menos pelas vodkas. Por ele.Eles então deixam o local e ela sorri com a proposta do moço de um mergulho em uma piscina. Piscina impossível, acabam na casa dela. E ela acaba cedendo, não que ela seja uma santa, mas o moço tem que ter certos encantos além do que fica entre as pernas.Foram mais de 10 horas de alguns cochilos e muito sexo. E dos bons.Mas não se resumiu só a sexo. A companhia foi boa. Ele foi carinhoso. Antes de ir embora, já no meio da tarde seguinte, falou que adorou a noite e trocaram telefones.E ela ficou pensando que queria que a "ex noiva" não existisse. Precisava ser noiva? Não podia ser uma simples namorada? Pensou também que a moça deveria ser algum tipo de idiota por terminar com ele. Mas logo depois ela se sentiu uma idiota por pensar mal da moça que ela nem conhece. Afinal ela costuma ser sempre racional e a ex deve ser legal, pois o moço ficou com ela por 3 anos.Mas o assunto não é a ex... É o moço. O moço que ela pensou que poderia ser legal junto dela. Não que ela pense que ele pode ser "o moço" da vida dela. Mas é um moço que poderia sem problema algum, estar na vida dela neste momento. E ela se sente uma idiota se novo! Ela nem conhece o moço direito! Mas logo o pensamento muda, e ela otimista apesar de racional que sempre foi, pensa: que mal há de tentar? Quem sabe o moço não foi mesmo feito pra ex, e apesar de gostar da dita cuja, perceba que ela também pode ser uma opção legal.E esperançosa e otimista, quase boba, ela torce por isto. Afinal, ele não parece ser daqueles que ficam com mil mulheres.Então ela decide se sentar e pela primeira vez escrever isso tudo.Talvez ela pense que é um modo de se despir do orgulho e finalmente admitir que sente falta de um "ele" ao seu lado. Coisas de psicóloga. Ou será do ser humano?
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2 comentários:
Legal o texto!!!
Por mais que sejamos independentes emocionalmente, ou que achemos isso, todos nós em determinado momento da vida, sentimos fome de amor...essa é a verdade! Clô Cabral
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